O primeiro jogo da final do Campeonato Paulista de 2025, Palmeiras 0x1 Corinthians, entrou para a história do futebol brasileiro por um motivo especial: foi a estreia do impedimento semiautomático no Brasil.
A tecnologia, implementada pela FPF, chegou com a promessa de revolucionar a arbitragem, trazendo precisão e eliminando polêmicas em lances de impedimento. No entanto, o que chamou a atenção na transmissão não foi uma decisão difícil, mas sim o uso do recurso em um lance que não deixava dúvidas.
Na prática, a tecnologia funciona de forma simples: as linhas de impedimento são geradas automaticamente, sem intervenção manual, garantindo rapidez e precisão em marcações milimétricas, capazes de acabar com qualquer discussão sobre a legalidade de um lance.
A expectativa era de que o recurso fosse decisivo em jogadas apertadas, daquelas que costumam gerar debates acalorados entre torcedores e comentaristas. Porém, no duelo de ida do estadual que aconteceu no Allianz Parque, o impedimento semiautomático acabou sendo coadjuvante — ou quase isso.
O único gol da partida, marcado por Yuri Alberto com assistência de Depay, foi o momento em que a tecnologia entrou em cena. O atacante recebeu a bola do neerlandês em posição claramente legal, muitos metros atrás da linha de defesa do Palmeiras, e finalizou com categoria para garantir a vitória do Timão. Não havia qualquer dúvida sobre a validade do lance — nem mesmo o mais fanático torcedor adversário poderia contestar. Ainda assim, a transmissão da FPF fez questão de exibir as linhas do impedimento semiautomático, mostrando o óbvio: Yuri Alberto estava em posição regular.
O uso do recurso em um lance tão evidente rendeu brincadeiras nas redes sociais e entre os telespectadores, com muitos apontando que a FPF parecia estar seguindo a lógica de “pagou, tem que usar”. Afinal, com a tecnologia recém adquirida e implementada a um custo considerável, por que não mostrá-la em ação, mesmo que fosse para confirmar o que todos já tinham visto a olho nu?


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